A União das Freguesias de Vila Chã (São João Batista e Santiago), criada aquando da reorganização administrativa de 2012/2013, e resultando da agregação das extintas freguesias de Vila Chã (São João Baptista) e Vila Chã (Santiago), localiza-se no município de Ponte da Barca, tem uma área de 16,76 km² e 540 habitantes (censo de 2021).

Situa-se na margem esquerda do rio Lima, a cerca de 9 a 10 km da sede do concelho, integrando a antiga terra medieval da Nóbrega. Esta União de freguesias caracterizam-se por uma forte ligação à agricultura e à pecuária, tradições que ainda hoje marcam o modo de vida das suas populações.

Vila Chã (São João Baptista)

A antiga freguesia de Vila Chã São João Baptista é uma das mais antigas da região. Documentada desde o século XIII, aparece nas Inquirições de 1290 sob a designação de São João de Vila Chã de Jusão. Beneficiou do foral manuelino outorgado em outubro de 1513 e anexou a antiga freguesia de Santa Marinha da Nóbrega, atualmente o lugar do Barral.

Entre o seu património cultural e edificado destacam-se a Capela da Senhora da Paz, a Igreja Matriz, vários cruzeiros e o Monumento do Cristo Rei.

Junto da Capela da Senhora da Paz encontra-se ainda um pequeno museu com uma interessante coleção de cristais de quartzo.

As principais festas e romarias realizam-se em honra de São João (24 de junho), da Senhora da Paz (último domingo de maio), de São Bento (11 de julho), de Santa Marinha (18 de julho), de São Pedro (29 de junho) e de Santa Luzia (agosto).

O lugar do Barral é uma das referências turísticas mais conhecidas da freguesia.

Vila Chã (Santiago)

A antiga freguesia de Vila Chã (Santiago) quanto a ela é referida nas Inquirições de 1220, surgindo mais tarde com o nome de Santiago de Vila Chã da Nóbrega. Beneficiou igualmente do foral manuelino de 1513, outorgado por D. Manuel I, e teve até 1859 uma feira mensal no dia 26 de cada mês. Vila Chã Santiago é composta pelos lugares de Barreiro, Lugar de Baixo, Lugar de Cima, Seixinha e Lamelas, e foi vigairaria anexa à abadia de S. Miguel de Entre-os-Rios.

O seu património cultural inclui a Igreja Matriz e um antigo aqueduto, e o artesanato local é conhecido pela tecelagem e pelas mantas de farrapos. Entre as festividades destacam-se o Senhor dos Milagres (14 e 15 de agosto), o Santo António (13 de junho) e o São Tiago (25 de julho).

Num cenário marcado pelo verde e pela água, a freguesia inspira versos e memórias:

“Neste cenário líquido e em movimento,

com margens onde há sons d’aves e povos,

o sonho nasce forte e suculento

e cria a inspiração de rumos novos!”

“Rio que em mim nasce a toda a hora,

meu rio Lima de saudade e calma;

é com tristeza que se vai embora,

mas é sorrindo que me toca a alma!...”